terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

História de Santa Apolónia


Conta-se que, por volta do ano 248, um célebre feiticeiro profetizou uma grande desgraça para a cidade de Alexandria, no Egipto, se os adoradores dos deuses não se resolvessem a exterminar os cristãos. O povo de então deu-lhe crédito e lançou um feroz ataque aos cristãos que ali viviam. Uma das suas vítimas foi Apolónia, que uns dizem ser ainda donzela, outros de meia idade. Parece ter sido filha de um importante magistrado da cidade egípcia, mas muito crente e fiel aos ensinamentos de Cristo. Levada ao templo pagão e intimada a prestar homenagens às divindades, resolutamente se negou, dizendo: “Meu Deus é Jesus Cristo e só a ele adorarei. Enquanto tiver vida, minha língua louvará a Deus, meu Senhor”. Os algozes pagãos ouvindo estas palavras, armaram-se de pedras e quebraram-lhe todos os dentes. Apolónia, sentindo por certo horríveis dores, levantou os olhos ao céu, sem pronunciar uma palavra, sem soltar um só gemido. Diante de tal firmeza, os pagãos ameaçaram-na com a fogueira. Apolónia respondeu: “Como poderia trair aquele que meu coração escolheu, o meu Esposo, de quem é todo o meu amor? Não o farei. Antes sofrer morte crudelíssima e morrer mil vezes, que abandonar o meu Jesus”. Fizeram então os pagãos uma grande fogueira e puseram-na diante da seguinte alternativa: “Ou agora mesmo sacrificas aos deuses, ou te lançamos viva ao fogo”. Apolónia não respondeu, deteve-se um moment e de repente, com um movimento brusco, desembaraçando-se das mãos dos algozes, lançou-se ao fogo. As chamas consumiram-lhe inteiramente o corpo. Os cristãos procuraram depois os ossos da mártir e guardaram-nos com muito respeito.

Foi canonizada no ano 300 e rapidamente o seu culto se difundiu pelo Oriente e pelo Ocidente. Esta Santa encontrou muita simpatia entre os fiéis que lhe dedicaram uma devoção incondicional em todos os tempos. Inicialmente considerada a padroeira dos pacientes com dores de dentes, Santa Apolónia tornou-se, mais tarde, a Padroeira Universal dos Cirurgiões-Dentistas e dos Ondontologistas, sendo seu culto mais conhecido na França e na Itália.

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